Sei lá...
Talvez seja uma triste síndrome de BENJAMIN BUTTON, talvez não seja nada.
A gente se prende em coisas que não voltam pra tentar se purificar.
Uma purificação insana e sem sentido.
Tudo isso fazemos porque sabemos que não poderemos voltar.
Que tudo o que foi um dia um lindo sonho - ás vezes a única razão de seguir em frente- não passa agora de uma vaga lembrança.
De beijos, abraços, sorrisos, bebidas, carinho, companheirismo...
Não falo apenas de amor como um romance entre homem e mulher.
Falo no amor de mãe, de amigos...
Até mesmo da incompreensão e maldades de inimigos.
Tudo se torna etéreo, efêmero hoje em dia.
Mas, e se voltássemos do começo...
O homem anseia através dos tempos - algo que verdadeiramente inventamos e que não existe - uma máquina, uma pedra filosofal, um elixir, até mesmo algumas esferas do dragão, para ver imortalidade e lhe cortejar pelo infindo.
Pra que?
Pois é...
Tudo isso não faz muito sentido agora.
Queria apenas ver seus olhos como aquele primeiro dia, nossos lábios se tocando como da primeira vez...
Na partícula ínfima do infinito ainda não começado...
A vida se entrelaça e se perde no vão, em vão e que lástima.
Mas quer saber...
Vamos voltar ao começo?
