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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

BUSTER KEATON: A ARTE DA COMÉDIA

Diz a tradição que famoso mágico Harry Houdini, vendo o bebê de seis meses de seu parceiro Joseph Keaton cair da escada sem um arranhão, batizou-o de "Buster" (o destruidor).


Nascido no coração do teatro de vaudeville*, Keaton começou sua carreira artística participando com seus pais, num número chamado Os Três Keatons, em que a grande piada era o desafio dos pais em disciplinar uma criança mal-educada: algo que nos remete à antiga questão de saber se é a arte que imita a vida ou a vida que imita a arte.

Aos 21 anos de idade, com o encerramento da carreira de seu pai (que se tornara alcoólatra), Buster rendeu-se à atração que tinha pelo cinema e mudou-se para Nova Iorque. Lá, encontrou um antigo companheiro, o ator Roscoe "Fatty" Arbuckle, que o convidou para trabalhar no filme "The Butcher Boy" (O Menino Açougueiro).


Em 1920 Buster começou a dirigir seus primeiros curtas. Tornou-se um ator de muitos recursos e de impressionante presença cênica.
Mas a característica que ficou para sempre associada a Keaton, uma de suas grandes inovações, é o fato de sua comédia se basear num personagem impassível, que mantém as mesmas feições diante dos fatos ocorridos. Isso explica os apelidos dados a ele pelos críticos: "O grande cara de pedra" e "O homem que nunca ri". Buster percebeu que, ao não modificar sua expressão, o espectador projetaria nele suas aspirações sentimentais, sensoriais e morais.


Foi em 1928 que Keaton cometeu o que ele mesmo considerou ser o seu "grande erro": vendeu seu estúdio de produção para a MGM. Buster - que era o "destruidor" - tornara-se um mero ator assalariado, sem nenhuma independência artística.

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Obrigado a adaptar-se ao esquema de produção, Keaton envolveu-se com o álcool, tal como o pai fizera antes.
Há quem diga que foi por perder o controle sobre o conteúdo criativo de seus filmes e por ter que aceitar roteiros impostos pelo estúdio que a poesia existente no coração de Keaton se apagou.


Buster passou a década de 1930 em relativa obscuridade, escrevendo gags (corridas, quedas, fugas) para vários filmes, inclusive alguns dos Irmãos Marx, como "Uma Noite na Ópera" e "No Circo". Também fez aparições em filmes como "Crepúsculo dos Deuses", de 1950, e "Mundo Maluco", de 1963.
Um dos momentos mais significativos da sua carreira de ator aconteceu em 1952, quando participou do filme de Charles Chaplin "Luzes da Ribalta". Nele, Keaton e Chaplin fazem um número de dez minutos em dueto - dois velhos atores de "vaudeville" tentando resgatar os bons tempos.


Em 1965, poucos meses antes de sua morte, Buster Keaton protagonizou o único filme realizado pelo teatrólogo Samuel Beckett, chamado simplesmente "Filme".Além de trenzinhos de brinquedo, o que mais atraía Buster Keaton era representar. Foi o que fez até 1966, quando morreu vítima de um câncer no pulmão.


VEJA ESSE MAGNÍFICO VÍDEO QUE TRAZ UM PARALELO MODERNO
COM A GENIALIDADE DE KEATON

(ADICIONE AS LEGENDAS EM PORTUGUÊS PARA UM MELHOR ENTENDIMENTO!)