
Tudo o que vemos ou parecemos / não passa de um sonho dentro de um sonho.
Para se ser feliz até um certo ponto é preciso ter-se sofrido até esse mesmo ponto.
Quem sonha de dia tem consciência de muitas coisas que escapam a quem sonha só de noite.
Quando um louco parece completamente lúcido é o momento de colocar-lhe a camisa de força.
Quem não se viu centenas de vezes, a
cometer ações vis ou estúpidas, pela única razão de que sabia que não
devia cometê-las? Acaso não sentimos uma inclinação constante, mesmo
quando estamos no melhor do nosso juízo, para violar aquilo que é lei,
simplesmente porque a compreendemos com tal?
Convencido eu mesmo, não procuro convencer os demais.
Eu nunca fui desde a infância jamais semelhante aos outros. Nunca vi as
coisas como os outros as viam. Nunca logrei apaziguar minhas paixões na
fonte comum.
Nunca tampouco extrair dela os meus sofrimentos.
Nunca pude em conjunto com os outros despertar o meu peito para doces alegrias,
E quando eu amei o fiz sempre sozinho.
Por isso, na aurora da minha vida borrascosa evoquei como fonte de todo o bem o todo o mal.
O mistério que envolve, ainda e sempre,
Por todos os lados, o meu cruel destino...
Nunca tampouco extrair dela os meus sofrimentos.
Nunca pude em conjunto com os outros despertar o meu peito para doces alegrias,
E quando eu amei o fiz sempre sozinho.
Por isso, na aurora da minha vida borrascosa evoquei como fonte de todo o bem o todo o mal.
O mistério que envolve, ainda e sempre,
Por todos os lados, o meu cruel destino...
Não fui o que os outros foram
Não vi o que os outros viram
Mas por isso, o que amei,
amei sozinho.
Não vi o que os outros viram
Mas por isso, o que amei,
amei sozinho.